Diamante de sangue
Curso de Especialização História da África e da Diáspora Africana no Brasil
Disciplina “A África Contemporânea: Guerra Fria, Descolonização e Independência”
Professora Sheila Lima
Bruno Rodolfo Martins
Resenha de
DIAMANTE DE SANGUE
maio, 2008 Introdução “Na África, matar é um estilo de vida”
Exibido nas telas do cinema brasileiro a partir de janeiro de 2007, Diamante de sangue (do original em inglês Blood diamond) do diretor Edward Zwick (o mesmo de “O último samurai”), é um filme que demonstra relações no mínimo pertinentes entre o capitalismo de moldes ocidentais (euro-ianques) e as relações humanas africanas, no sentido das visões de mundo dos nativos da África. O local onde se passa a trama é a África da virada do milênio. Os interesses externos econômicos, que não se isentam de ser políticos, sociais, culturais... provocando também a mobilização de interesses internos, regem as guerras e lutas de poder entre grupos e povos da África. Muitos territórios já descolonizados, libertados, independentes, ou o termo que seja mais adequado aos casos dos países em questão, estão em momentos frágeis de sua existência, estão ainda em seus processos de afirmação e de uma suposta superação da influência e exploração diante dos países centrais europeus (outrora colonizadores), principalmente, e também das já potências africanas (por exemplo, a África do Sul). O nome do filme se refere à exploração de diamantes, que financiou, durante os anos 90, a Guerra Civil em Serra Leoa. As personagens principais são Danny Archer (Leonardo di Caprio) e Solomon Vandy (Djimon Hounsou) que junto com Jennifer Connely (Maddy Bowen) formam um trio de aventureiros boa parte do filme. Fazendo jus ao estilo, do tipo “clássico” hollywoodiano, o filme tem muita ação, tiros e explosões, um projeto de romance, de um herói (ou seria melhor anti-herói) branco, loiro de olhos azuis que se redime ao