Diabetes e odontologia
O conceito de paciente especial vem sofrendo mudanças nos últimos anos. Não se entende mais como paciente especial apenas o paciente portador de doença mental. Médicos e dentistas têm tentado identificar as características próprias dos portadores das diferentes doenças. O objetivo da Odontologia deve ser avaliar e entender melhor as necessidades individuais de cada paciente.
Devido ao grande número de portadores da doença, seguramente, o cirurgião dentista encontrará em sua rotina pacientes diabéticos nos mais diferentes estágios. Por isso deverá estar capacitado a responder aos questionamentos a respeito das manifestações orais do diabetes. O cirurgião dentista tem sua parcela de responsabilidade na saúde do paciente.
Na prática, ao atender diabéticos, pensamos de imediato nas possíveis dificuldades decorrentes da doença que a realização de uma cirurgia odontológica pode determinar, esquecendo os motivos que conduziram o paciente a esta situação.
Como impedir o aparecimento das cáries e de doença periodontal, maiores causadoras de perda dentária, não só nos pacientes em geral mas principalmente nos diabéticos? Pensar em prevenção é fundamental no atendimento ao diabético, principalmente sabendo que sua condição sistêmica poderá facilitar a instalação de doenças da cavidade oral: reprogramação da higiene oral, terapia básica, profilaxia, remoção de cálculo e curativos para adaptação do meio são fundamentais. Deve ser aplicado flúor em consultório e prescrito para uso domiciliar. Sabe-se hoje que o paciente diabético, bem ou mal compensado, pode ter “picos” de glicemia que podem levar a graus diversos de xerostomia e diminuição da atividade leucocitária — facilitando, respectivamente, o aparecimento das lesões da cárie e o avanço da doença periodontal.
Em Dentística (principalmente em Pediatria),