diabetes mellitos
USUÁRIOS DE SULFONILURÉIAS
ROBERTO BARBOSA BAZOTTE1
GISLEINE ELISA CAVALCANTE DA SILVA2
NATALY KOYASHIKI3
1. Farmacêutico, professor titular do Departamento de Farmácia e Farmacologia, UEM, PR.
2. Farmacêutica, professor assistente, Departamento de Farmácia e Farmacologia, UEM, PR.
3. Farmacêutica, especialista em Farmacologia
Autor responsável: R.B.Bazotte. E-mail rbbazotte@uem.br
INTRODUÇÃO
O Diabetes Mellitus (DM) está associado à deficiência parcial ou total de insulina cujas conseqüências, em longo prazo, incluem alterações micro e macrovasculares que levam a alterações patológicas principalmente nos rins, olhos, nervos periféricos, coração e vasos sangüíneos (GILL, 1991).
A freqüência do DM está aumentando, a cada ano, alcançando proporções epidêmicas. O Ministério da Saúde estima que, em 2010, existirão cerca de 11 milhões de diabéticos, no Brasil, contra os 5 milhões existentes, no ano de 2000, significando um aumento de mais de 100% (BRASIL, 2001).
Em 1988, foi realizado um estudo multicêntrico, em nove Estados brasileiros, no qual, demonstrou-se que a prevalência do DM na população entre 30 e 69 anos era de
7,6%, dos quais 46,5% desconheciam o fato de serem portadores de DM. Uma análise dos pacientes já diagnosticados, na época deste estudo, revelou que 40,7% utilizavam algum antidiabético oral, enquanto que 22,3% não faziam nenhum tipo de tratamento. As chances destes pacientes desenvolverem as complicações crônicas do DM precocemente é enorme.
As complicações crônicas, e muitas vezes, irreversíveis, tais como a impotência sexual, hipertensão, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral, entre outras, comprometem a produtividade, qualidade de vida e sobrevida dos indivíduos, além de elevarem os custos do tratamento da patologia (MALERBI & FRANCO, 1992).
No Brasil, o DM aparece como a sexta causa de internação hospitalar representando 30% dos pacientes internados em unidades