Diabetes melito

1. Introdução

O diabetes mellitus (DM) não restringe-se a uma única doença, representa um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresentam em comum a hiperglicemia. Essa hiperglicemia é o resultado de defeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou até mesmo em ambos associados.
Atualmente, reconhece-se duas formas principais de diabetes, classificadas pela sua fisiopatologia subjacente. O diabetes melito tipo 1, também denominado diabetes insulino-dependente (DMID) ou diabetes juvenil, é ocasionado por destruição autoimune das células β produtoras de insulina nas ilhotas de Langerhans pancreáticas e afeta cerca de 10% de todos o contingente de pacientes com diabetes. Em contrapartida, o diabetes tipo 2, denominado também de diabetes melito não-insulino-dependente (DMNID) ou diabetes da maturidade, está intimamente associado a obesidade e resulta de uma interrelação completa entre resistência à ação metabólica da insulina nos seus tecidos-alvo e secreção inadequada de insulina pelo pâncreas. A ocorrência da obesidade é um fenômeno comum na maioria dos diabéticos. A relação entre obesidade e diabetes é medida pelos efeitos da resistência à insulina. O risco de desenvolver diabetes aumenta à medida que aumenta o índice de massa corporal. O número de indivíduos diabéticos está aumentando devido a fatores como o crescimento e o envelhecimento populacional, a maior urbanização, a crescente prevalência de obesidade e sedentarismo, bem como a maior sobrevida do paciente com Diabetes Mellitus em decorrência dos avanços no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento dessa patologia.
Sendo assim, é cabível aos profissionais de saúde estarem atentos para identificação dos indivíduos com risco para o diabetes mellitus e a intensificação de ações que promovam o seu controle, evitando, portanto, que os números relacionados à ocorrência dessa patologia, por muitos especialistas denominada de epidemia, tornem-se cada vez maiores.