Dia dos mortos
No México, por exemplo, o costume ancestral dos indígenas de celebrar a morte resistiu às ações do tempo e às influências dos colonizadores espanhóis, sendo festejado até hoje com muita bebida, dança e comida.
De acordo com a tradição asteca, assim como os mitos e culturas de outras civilizações antigas mesoamericanas e até europeias, a morte é apenas mais um estágio da vida. Ou seja, para os povos antigos que acreditam nesse rito, morrer é apenas mais um dos muitos processos de transformação da alma, e essa passagem merece ser celebrada todos os anos, em vida.
Parece complicado de entender, mas não é. Segundo as tradições mexicanas, as almas são encaminhadas ao lugar dos mortos (também conhecido como Mictlan) onde podem descansar em paz. Lá, diferentemente dos costumes cristãos aos quais estamos mais habituados, as almas não ficam à espera do juízo final ou de sua ressurreição, mas sim, aguardam a oportunidade de visitar seus familiares e amigos queridos no mundo dos vivos.
Celebrada anualmente entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro no país, a Festa dos Mortos reúne não só os nativos da região, mas também milhares de turistas interessados no festejo que promete muita tequila, mariachis, doces, velas e caveirinhas por toda a cidade. E atrações não faltam. São danças típicas, mostras de cinema, peças populares e gigantes caveiras de papel - que mais lembram aqui no Brasil, os bonecos de Olinda (PE) durante o Carnaval.
Tudo é justificável nesse período, menos ficar parado, afinal, esse é o dia em que as almas podem se divertir junto aos vivos e sorrir diante de toda a beleza que contempla a vida e, claro, a morte.
Cardápio doce e divertido
Cores e muito açúcar são os principais ingredientes das balas de goma e caveirinhas distribuídas no festejo. A ideia, além de adoçar, é divertir