Principio de causalide hume
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Hume dá uma explicação psicológica de como se chega à relação de causalidade a partir da experiência. A frequente conjunção de dois objetos de uma determinada classe na percepção sensorial forma um hábito mental que nos leva a associar as duas ideias produzidas pelas impressões. Quando este hábito se torna suficientemente forte, o mero surgimento, na sensação, de um objeto, evocará na mente a associação das duas ideias. Não há nada de infalível nem inevitável nisto: a causalidade é, por assim dizer, um hábito mental.Contudo, a exposição de Hume não é de todo coerente, pois a associação surge da causalidade, enquanto aqui esta é explicada em função da associação. Como explicação da forma de geração dos hábitos mentais, o principio associativo constitui, não obstante, um útil elemento de explicação psicológica, que continua exercendo considerável influencia. Quanto a Hume, realmente não é admissível que ele fale de hábitos mentais ou propensões, pelo menos não da formação dos mesmos pois, nos seus momentos mais estritos, Hume afirma que a mente é apena uma sucessão de percepções. Portanto, não há nada que possa desenvolver hábitos, nem tampouco vale dizer que as sequencias de percepções desenvolvem, de fato, certos padrões, já que a simples exposição disto significa mistério, a menos que encontremos um meio de fazer com que não pareça um feliz acaso. Hume conclui a discussão da causalidade estabelecendo certas regras para julgar causas e efeitos. “uma coisa qualquer pode produzir outra coisa qualquer”. As regras são em número de oito. A primeira afirma que “causa e efeito devem se contíguos no tempo e no espaço”; a segunda, que “a causa deve ser anterior ao efeito”; a terceira, que deve existir uma conjunção constante entre causa e efeito. A quarta nos informa que a mesma causa produz sempre o mesmo efeito, um principio que se diz derivar da experiência. Desta se desprende a quinta regra, segundo a qual quando varias causas produzem o mesmo efeito, deve ser por