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5249 palavras 21 páginas
“A ilusão das relações raciais”, DaMatta analisa a mistura de miscigenação das “raças”,que alguns autores vêem como problema para o construção da identidade nacional brasileira, procura entender aposição de liderança do branco ocidental. A teoria racista via no mulato a degeneração das raças. Em seguida compara a relação racial entre Brasil e Estados unidos, enquanto no Brasil não tem uma classificação formalizada como nos EUA, pois lá há varias divisões, por exemplo, tem escola de negro e escola do branco, ônibus do negro e ônibus do branco, bairro do negro e bairro do branco, diferente do que acontece no Brasil.

“JEITINHO”-Ele diz que há duas esferas que permeiam a vida do brasileiro, a “casa” que é onde predominam os valores familiares, a esfera privada, o relaxamento, a hierarquia e valores pessoais; e a “rua” que é onde predominam o trabalho, a esfera pública, a continência, os valores igualitários, o indivíduo, o Estado e o universal.
Dentre e entre estas duas esferas é onde acontece a vida do brasileiro e os tais “fenômenos” teriam surgido da dificuldade deste de se adaptar aos valores igualitários da rua, em detrimento dos valores pessoais e hierárquicos da casa. Segundo DaMatta, tais fenômenos também ocorrem porque a lei no Brasil não corresponde à realidade dos que a vivem, e propõe o seguinte exemplo: diante de um agente do estado (cobrador, caixa, policial, etc) que impõe ao cidadão a dura frase: “não pode!”, este recorre a valores da casa, tenta evocar uma certa familiaridade com o agente do estado para obter um certo privilégio e transpor o terrível “não pode!”, eis o famoso “jeitinho” brasileiro. Já o “você sabe com quem está falando?” seria uma versão extremada e corrompida do jeitinho, e também muito menos simpática, esta versão aparece quando o cidadão, por ter qualquer relação com alguma figura importante que goza de certo status social, seja médico, advogado, político ou etc, se acha no direito de invocar esta sua familiaridade para

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