Dever Moral

Na problemática filosófica de entender o comportamento das pessoas e o funcionamento da ação desde sua pré-existência a seus reflexos no mundo físico, se destacou o pensador Immanuel Kant. Com sua análise incisiva do agir, descreveu o comportamento individual baseado no dever moral, conceito previamente incluso na vida individual que distingue o certo do errado.
O dever moral em nada tem a ver com cobrança legal, leis ou penalização mas sustentam a sociedade com regras como imperativos mantendo a ordem social e sustentando como o próprio mecanismo de funcionamento de uma sociedade uma vez que a moral é comum a todos, absoluta, impessoal e completamente sustentada pela razão. Para Kant, o único bem irrestrito é uma vontade boa e o que constitui o bem de uma vontade boa não é o que esta alcança. A vontade boa é um bem em si.
“Não foi para procurar a felicidade que os seres humanos foram dotados de vontade; para isso, o instinto teria sido muito mais eficiente. A razão foi-nos dada para originar uma vontade boa não enquanto meio para outro fim qualquer, mas boa em si. A vontade boa é o mais elevado bem e a condição de possibilidade de todos os outros bens, incluindo a felicidade.” (História Concisa da Filosofia Ocidental, de Anthony Kenny. Trad. Desidério Murcho, Fernando Martinho, Maria José Figueiredo, Pedro Santos e Rui Cabral (Temas e Debates, 1999)).
Nascido em uma cidade da Prússia Oriental chamada Königsberg – cidade onde viveu e morreu aos 80 anos -, Kant foi matemático e filósofo formado na Universidade de Königsberg, onde, posteriormente foi professor. Sua vida como pensador pode ser dividida em duas partes: pré-crítica, conhecida como dogmática, e crítica com “A crítica da razão pura”, “Crítica da razão prática” e “Crítica da faculdade de julgar”.
Immanuel Kant, iniciou um estudo profundo para entender a moral e a razão e suas implicações nas ações das pessoas. Dedicou em buscar a natureza do dever e sua constituição.
Defendia que as ações podem partir do