A noção de Estado para Platão. E A Ética Formal de Kant.
Para percebermos a importância que Platão dá a "ciência política" basta analisarmos suas principais obras: A República, O Político e as Leis. Platão conceitua o ser humano como "um animal essencialmente social". Assinala como principal fator que origina a sociabilidade do indivíduo e, consequentemente, a organização da sociedade: o fator econômico. Da divisão do trabalho origina a divisão das classes sociais. As diversas necessidades materiais como, por exemplo: alimentação, vestuário e moradia dão origem a várias outras. Cada ofício criado para suprir uma necessidade específica produz a necessidade de outro ofício, assim sucessivamente. A cidade conforme vai crescendo, aparecem novas necessidades que vão sendo geradas com o refinamento da vida.
O crescimento da cidade produz a necessidade de uma outra função especializada: os guardiães para protegê-la em caso de choques com outras cidades que por sua vez trilhará o mesmo processo de crescimento e organização. A própria vida da cidade exige outra função importantíssima: a dos governantes. Essa função deverá ser exercida por um grupo seleto de cidadãos, cuja missão será a de regular as relações sociais. Platão propôs na República o plano de uma sociedade dividida em três classes principais correspondentes às funções da alma: o elemento apetitoso, o elemento corajoso e o elemento racional.
A Ética Formal de Kant.
O bem moral deixa de ser um fim para o qual o cumprimento do dever era um meio, as éticas antes de Kant partiam de uma existência de um fim ou bem. Em seguida derivavam desse fim os conteúdos morais, ou seja, o caminho que devíamos seguir para realizar o bem moral e instituir-se a Lei Moral entendida como conjunto de dever que o cumprimento era indispensável para atingir o bem, o bem supremo era o fim ultimo para o qual nos encaminharíamos mediante o cumprimento da Lei Moral. Pelo contrário a esta ideia teleológica da ação moral, Kant afirma que o