Deus não está morto

Ao assistir o filme “Deus não está morto” percebi que havia um objetivo que era proposto explicitamente, sendo a glorificação do cristianismo. Os “inimigos” do filme são os ateus, pessoas de outras religiões que omitem sua crença pessoal. Os ateus usufruem ao máximo do maniqueísmo para que sejam demonizados perante o público, com argumentos arrogantes. Já os cristãos são sempre calmos e serenos, são pessoas simpáticas e humildes, mas deixam claro que não há uma predileção pela religião. Assim se constrói uma narrativa tendenciosa, onde o que menos interessa é a suposta proposta original do filme: discutir a existência de Deus, tendo como palco o âmbito acadêmico. A discussão principal da narrativa nasce a partir de um professor de filosofia que comete acusações contra o “ditador celestial” de um “conto de fadas útil”, com frases selecionadas para ofender o bom cristão que assiste ao espetáculo. O redentor é um jovem aluno que aceita o desafio de enfrentar o mestre e argumenta usando falas de pensadores, para dar um embasamento maior às suas ideias. O júri é o restante da turma, que acompanha com atenção ao julgamento de Deus em sala de aula. O filme é transcende a ideia de mostrar um debate interessante sobre a questão da religião e sua influência na civilização, levando em conta não apenas o aspecto da razão, mas também a emoção a quem tem fé. Ressaltando o desprezo e a falta de respeito de um lado e a bondade e a luta pelo que acredita no outro. A resposta à proposta levantada pelo título é muito maior do que um mero sim ou não, envolvendo questões bem mais complexas do que uma crença. O filme me fez pensar e refletir em o que a minha essência me leva a acreditar. Acredito que existam pessoas com pensamentos parecidos e iguais aos do filme, tanto com o do professor quanto ao do aluno. Religião, para mim, vem do berço e do principio da vida e não vejo a família como influencia, e sim como ajuda para cada um se encontrar e depositar sua fé.