Determinismo
São velhas e persistentes as teorias que atribuem capacidades especificas inata a “raças” ou a outros grupos humanos. Muita gente ainda acredita que os nórdicos são mais inteligentes do que os negros; que os alemães têm mais habilidades para a mecânica; que os judeus são avarentos e negociantes; que os norte-americanos são empreendedores e interesseiros; que os portugueses são muito trabalhadores e pouco inteligentes; que os japoneses são trabalhadores, traiçoeiros e cruéis; que os ciganos são nômades por instinto,e, finalmente, que os brasileiros herdaram a preguiça dos negros, a imprevidência dos índios e a luxuria dos portugueses.
Os antropólogos estão totalmente convencidos de que as diferenças genéticas são determinantes das diferenças culturais. Segundo Felix Keesing, “não existe correlação significativa entre a distribuição dos caracteres genéticos e a distribuição dos componentes culturais. Qualquer criança humana normal pode ser educada em qualquer cultura, se for colocada desde o inicio em situação conveniente de aprendizado”.
A espécie humana se diferencia anatômica e fisiologicamente através do dimorfismo sexual, mas é falso que as diferenças de comportamento existentes entre as pessoas de sexo diferentes sejam determinadas biologicamente. A antropologia tem demonstrado que muitas atividades atribuídas as mulheres em uma cultura podem ser atribuídas aos homens em outra.
2. O Determinismo Geográfico
O determinismo geográfico considera que as diferenças do ambiente físico condicionam a diversidade cultural.
A partir de 1920, antropólogos como Boas, Wissler, Kroeber, entre outros, refutaram este tipo de determinismo e demonstraram que existe uma limitação na influencia geográfica sobre os fatores culturais. E mais: que é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico.
Este exemplo pode ser encontrado no interior do nosso país, dentro dos limites do Parque Nacional