Determinismo e Livre Arbítrio
O livre-arbítrio é uma das questões mais polêmicas e paradoxais de todos os tempos. E para essa filosofia, o homem é livre para a prática do bem e do mal. Mas arca com as consequências dessa liberdade. Ao livre-arbítrio opõe-se à filosofia do determinismo, segundo a qual tudo que acontece com a natureza e o homem já está determinado por uma causa. Ao determinismo ligam-se coisas muito importantes, como o destino e a fatalidade, que só existem enquanto expiações (carmas) e provações oriundas do nosso próprio livre-arbítrio. E há os deterministas de várias categorias: os econômicos, para os quais fatores econômicos causam todos os problemas da humanidade; para Ratzel tudo tem por causa fatores geográficos; e Freud afirmou que nós não somos responsáveis pelo que fazemos, por sermos vítimas de imposições inconscientes. Para Sto Agostinho, o homem não é realmente livre por causa do pecado original. Mas lemos na Bíblia: "A alma que pecar, essa morrerá: o filho não levará a iniqüidade do pai, nem o pai a iniqüidade do filho..." (Ezequiel 18, 20). Já Spinoza divide o homem em duas partes: a divina "natura naturans", determinante (o "superego" ou o "Eu Transcendente" de Jung, que supera o "id" de Freud, e o "ego" de Adler). A "natura naturans" tem livre-arbítrio, enquanto que a "natura naturata", existencial, determinada, não deixa o homem ser totalmente livre. E conclui Spinoza que só seríamos totalmente livres, se fôssemos conscientes do que fazemos. E Huberto Rohden já diz que o nosso livre-arbítrio é a nossa própria consciência. Segundo a física relativista de Einstein, a quântica de Max Planck, e a Teoria das Incertezas de Heisenberg, há um certo indeterminismo ou determinismo relativo nos fenômenos físicos. Disso surgiu uma espécie de casamento entre a física moderna ocidental e a metafísica das religiões orientais (o "Tao" de Lao-Tsê). Fritjoff Capra, com sua obra o "O Tão da Física", é o pioneiro dessa ciência