Determinismo x livre-arbítrio
O problema do livre-arbítrio versus determinismo surge devido a uma aparente contradição entre duas idéias plausíveis. A primeira é a idéia de que os seres humanos têm liberdade para fazer ou não o que queiram. Mas arca com as conseqüências dessa liberdade. A segunda é a idéia de que tudo o que acontece neste universo é causado, ou determinado, por acontecimentos ou circunstâncias anteriores.
Determinismo é a doutrina que afirma serem todos os acontecimentos, inclusive vontades e escolhas humanas, causados por acontecimentos anteriores. Existe liberdade, mas esta liberdade condicionada à natureza do evento em um determinado instante. O individuo faz exatamente aquilo que tinha de fazer e não poderia fazer outra coisa; a determinação de seus atos pertence à força de certas causas, externas e internas. É a principal base do conhecimento científico da natureza, porque afirma a existência de relações fixas e necessárias entre os seres e fenômenos naturais: o que acontece não poderia deixar de acontecer porque está ligado a causas anteriores. No nível mental também vigora o mesmo princípio, pois os pensamentos têm uma causa, assim como as ações deles decorrentes; pensamentos e atos estão relacionados aos impulsos, traços de caráter e experiências que caracterizam a personalidade.
Livre-arbítrio é a crença ou doutrina filosófica que defende que a pessoa tem o poder de escolher suas ações. Ele é uma crença religiosa ou uma proposta filosófica que defende que a pessoa tem o poder de decidir suas ações e pensamentos segundo seu próprio desejo e crença. A expressão costuma ter conotações objetivistas e subjetivistas. No primeiro caso indicam que a realização de uma ação por um agente não é completamente condicionada por fatores antecedentes. No segundo caso indicam a percepção que o agente tem que sua ação originou-se na sua vontade. Tal percepção é chamada algumas vezes de “experiência da liberdade”.
Contudo, o homem é determinado e livre