Células Tronco

1. INTRODUÇÃO

O avanço tecnológico da ciência e o potencial terapêutico das células - tronco nas últimas três décadas, tem proporcionado benefícios consideráveis para a humanidade, através da introdução de novas vacinas e terapias, levando a um aumento da expectativa de vida e à melhora na saúde das pessoas em todo o mundo. Pesquisas têm sido realizadas acerca da terapia com células-tronco, obtendo- se resultados animadores no que se refere à cura e ao tratamento sem precedentes de determinadas doenças (STRINGARI et al., 2013). As células - tronco são definidas operacionalmente como células com potencial prolongado e diz respeito a células precursoras que possuem a capacidade de diferenciação e auto - renovação ilimitadas, podendo dar origem a uma variedade de tipos teciduais (WATT; HOGAN, 2000.) As primeiras linhagens de células-tronco embrionárias foram derivadas em 1981, a partir de embriões de camundongo. As dificuldades técnicas, além das questões legais e éticas envolvidas, atrasaram a derivação das primeiras linhagens humanas. Só em 1998 (17 anos após a derivação da linhagem de camundongo), foram descritas as primeiras linhagens de células-tronco embrionárias humanas . Os pesquisadores isolaram estas células de embriões humanos e conseguiram crescê-las em laboratório. O cientista James Thomson isolou células do blastocisto e desenvolveu a primeira linhagem de células - troncos embrionárias humanas e John Gearhart relata a primeira derivação de células - tronco germinativas humanas, isoladas de uma população de tecido gonadal fetal (Células germinais primordiais) destinadas a tornar - se óvulos ou espermatozoides (FURTADO, 2005).

As células – tronco estão presentes em todas as fases do desenvolvimento, desde o zigoto, na massa interna no embrião, passando pelo estágio fetal e permanecendo nos tecidos adultos. A potencialidade dessas células é maior na fase embrionária, diminuindo até a fase adulta. São classificadas em relação a sua plasticidade