Determinismo geográfico
A Alemanha daquela época tinha como características, as tardias relações capitalistas que se conciliaram com as estruturas feudalistas. Observa-se também que o poder se encontrava disperso pelas várias unidades confederadas, devido ao fruto de dominações locais. Havia uma luta pela hegemonia entre a Prússia e a Áustria. Na verdade dois fatores contribuíram de forma decisiva para a unificação, a Confederação Germânica e a repressão aos levantes populares de 1848. Estes levantes populares tiveram o apoio também das classes dominantes, estabelecendo-se assim, ligações políticas e militares, devido ao fato de que essas massas populares desejarem a unificação do Estado. Em decorrência disso, a disputa entre Prússia e Áustria tornou-se cada vez mais acirrada, sendo que a vitória prussiana iria determinar as características do Estado. Ou seja, uma organização militarizada da sociedade e do Estado.
O poder do Estado alemão naquele período ficara nas mãos dos junkers
(proprietários de terras, representantes da ordem feudal), o que condicionou a formação de uma imensa monarquia burocrática. Esta unificação reacionária juntamente com a organização militarizada e um expansionismo latente do Estado alemão são explicadas pela situação da Alemanha no contexto europeu. Isto é, o país emergia como mais uma unidade do centro capitalista, só que sem a presença de colônias. Dessa forma, a necessidade de expansionismo aumentava à medida que um desenvolvimento interno se consolidava e o estímulo a fazer a geografia, ou seja, a se pensar nos espaços geográficos. Podemos perceber que sem Ratzel não poderíamos falar sobre a Escola Geográfica Alemã, pois este foi o fundador desta.
Foi nesse contexto que encontraremos o autor mais importante para o determinismo alemão: Friedrich Ratzel, que 1882 publica seu livro