Determinação dos parâmetros de solubilidade do paracetamol
No contexto da indústria farmacêutica o paracetamol se apresenta como um dos medicamentos mais vendidos no mundo, pertencendo ao grupo dos antiinflamatórios não-esteróides (AINEs) com propriedades analgésicas e antipiréticas, mas sem propriedades antiinflamatórias clinicamente significativas. Tal substância tem sido muito utilizada convencionalmente e no tratamento de endemias e câncer, pois é bastante seguro, não interagindo com outros medicamentos e em doses indicadas não causa obstrução gástrica e não ataca os rins.
A demanda mundial na produção desse fármaco exige um melhoramento em seu processo de produção tanto no sentido de melhoria da qualidade do produto final quanto na otimização econômica, com métodos de produção mais eficientes e economicamente mais viáveis.
Em face disso, faz se necessário o estudo da parte fundamental do processo de produção desse fármaco, ou seja, o estudo das soluções de onde ocorrera uma possível extração de tal composto (cristalização). Nesse sentido, uma das principais etapas do processo é a escolha adequada do solvente que será pois muitos dos parâmetros associados à cristalização decorrem da interação entre o soluto e o solvente, ou solventes.
Do ponto de vista da interação entre o paracetamol e os possíveis solventes a serem aplicados em seu processo de produção, seria adequado apreender, num âmbito geral, quais solventes seriam de aplicação satisfatória devido ao grau de solubilidade que o paracetamol apresenta.
Uma das possibilidades de avaliar o comportamento da solubilidade de um determinado soluto numa série de solventes foi desenvolvida por Hansen e colaboradores na década de 1970. Os pesquisadores utilizaram parâmetros de
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