Determinação da fórmula do complexo Fe(II)-ortofenantrolina
Apesar da concentração de uma espécie em uma determinada solução não ser uma grandeza física observável, a coloração desta solução pode indicar visualmente sua concentração. No entanto, para a determinação quantitativa da concentração de uma solução, é necessário que a intensidade da coloração seja expressa numericamente. (1)
Em uma análise instrumental cujo objetivo é a determinação da concentração de um analito numa amostra, o espectrofotômetro é utilizado fornecendo medidas indiretas da concentração do analito a partir de outras grandezas como a absorção e emissão de luz. Para relacionar medidas efetivamente realizadas (sinais analíticos) com medidas procuradas é necessário a calibração do equipamento utilizado. (1)
A calibração consiste num conjunto de operações que fornece uma relação entre um valor indicado por um instrumento de medição, isto é, o sinal analítico, e os valores correspondentes que tem grandezas estabelecidas. (2)
A forma mais usual de se executar a calibração de um instrumento é através da curva de calibração, que consiste na realização de medidas instrumentais para uma série de soluções padrão de concentrações conhecidas para construir um modelo que relacione a grandeza medida com a concentração da espécie de interesse (etapa preditiva do processo de calibração). O modelo obtido é utilizado para determinar concentrações de novas amostras a partir dos sinais analíticos medidos para elas (etapa descritiva do processo de calibração). (1)
Na curva de calibração há uma relação entre concentração e sinal analítico (absorvância) a qual estabelece um intervalo de calibração linear representado por uma reta. Os pontos da reta formados por esta relação podem não estar perfeitamente alinhados e por este motivo necessita-se da “escolha” da melhor reta que media os pontos.(3)
Esta escolha é feita através do método dos mínimos quadrados ou regressão linear que dá origem a seguinte equação (4): y = ax + b
Onde:
y = variável