quimica analítica II
As titulações de oxi-redução são aplicadas a uma grande variedade de substâncias orgânicas e inorgânicas e a sua popularidade ultrapassa a das titulações ácido-base. Provavelmente, a diferença mais significativa entre elas é a disponibilidade de muitos titulantes e padrões para a volumetria de oxi-redução, cada um com propriedades que os tornam especialmente adequados para uma aplicação.
As reações de oxidação-redução devem preencher os requisitos gerais para que uma reação possa ser usada em um método titulométrico. Muitas reações de oxi-redução se processam em uma série de etapas, então, a equação estequiométrica é a soma das reações parciais. Algumas espécies intermediárias são muito reativas e podem provocar reações paralelas ou induzidas indesejáveis. Muitas reações são lentas e, como a rapidez da reação é indispensável para o sucesso de uma titulação, é frequente a necessidade de aumentar a velocidade das reações mediante titulação a quente ou em presença de catalisadores.
A maioria dos indicadores usados nas titulações de oxi-redução é sensível a mudanças no potencial da solução de titulação e não à concentração de um reagente ou produto. Além do mais, o potencial é uma função logarítmica da concentração de reagentes e produtos da titulação. Por essa razão, as curvas das titulações de oxi-redução são traçadas colocando o potencial do sistema versus o volume do titulante adicionado, em cada ponto da titulação.
A posição, o desenvolvimento e a forma das curvas de titulação de oxi-redução estão relacionados com as características das reações envolvidas. As reações desse tipo de titulação podem ser classificadas em duas categorias principais, cada uma das quais com certas características particulares.
A primeira categoria é a das titulações baseadas em reações onde não há participação direta de íons H+ ou OH-. Por exemplo:
Fe2+ + Ce4+ Fe3+ + Ce3+ (a)
Sn2+ + 2 Fe3+ Sn4+ + 2 Fe2+ (b)
2 S2O32- + I2 S4O62- + 2 I- (c)
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