Detecção e modelagem de padrão espacial em dados de contagem: uma aplicação à epidemiologia
Foi elaborado um estudo para verificar a existência de padrão espacial. Neste estudo foram comparados o envelope simulado, o semivariograma e o teste de aleatorização considerando a matriz de Mantel. Ao fazer o semivariograma com o envelope simulado e o teste de aleatorização considerando a matriz de Mantel para dados com distribuição normal e comparando os resultados verificou que ambas detectaram a existência de padrão espacial.
Para os dados de contagem, foi feito o gráficos de pontos e o teste de aleatorização obtendo o p-valor.
1. Introdução
Na estatística clássica geralmente considera as observações independentes enquanto que na estatística espacial as observações não são independentes. Assim, compreender a distribuição espacial de dados provenientes de fenômenos ocorridos no espaço constitui hoje um grande desafio em diversas áreas do conhecimento, dentre elas, podem ser citadas as áreas da saúde, ambiente, geologia, agronomia, etc.
(CÂMARA, et. al. 2002). Nos últimos anos, a economia regional tem apresentado um grande desenvolvimento metodológico, o que ampliou as possibilidades de utilização de dados de natureza espacial para fins de planejamento. Vários estudos foram realizados até que avanços no campo da estatística começassem a ser transferidos para o que hoje se conhece como estatística espacial. Desde o reconhecimento dos dados com dependência espacial até chegar aos trabalhos escritos por Moran (1948) e Gary (1954), que continham os primeiros índices formais para detectar a presença da autocorrelação espaciais em um conjunto de dados (KREMPI 2004).
A estatística espacial utiliza localizações das observações para estudar a variabilidade dos valores amostrados, ou seja, trata-se de uma ferramenta que permite estimar a variável em locais não amostrados levando em conta o comportamento espacial do fenômeno previamente amostrado. As técnicas da estatística espacial foram criadas pela necessidade de quantificar a