Detecção de trincas por particulas magnéticas
O ensaio por partículas magnéticas é utilizado nas indústrias para detectar trincas superficiais e sub-superficiais, até aproximadamente 3 mm de profundidade, em materiais ferromagnéticos(são materiais que permitem que se crie um campo magnético, esses materiais são: o ferro, o cobalto e o níquel).
Partículas magnéticas nada mais são do que um substituto para a limalha de ferro. São constituídas de pó de ferro, óxidos de ferro muito finos com propriedades magnéticas semelhantes às do ferro.
Mesmo que o nome indique magnéticas, na verdade elas são magnetizáveis pois, se forem aplicadas em uma peça ferromagnética ausente de um campo magnético, não haverá retenção.
Para realizar um ensaio por partículas magnéticas é imprescindível que a peça seja magnetizada. O processo de magnetização é gerado por uma corrente elétrica que tanto pode passar por dentro da peça, que faz parte do circuito elétrico do equipamento de magnetização, quanto por fora dela, por meio de uma bobina.
Para detectar trincas por meio de partículas magnéticas há duas formas: via seco e via úmida via seca
As partículas para via seca são aquelas aplicadas a seco, as partículas se acomodam via ar. Na aplicação por via seca usam-se aplicadores de pó manuais ou bombas aspersoras que pulverizam as partículas na região do ensaio, na forma de jato de pó.
É muito importante que sejam de granulometria adequada para serem aplicadas corretamente sobre a região a ser inspecionada. via úmida
Via úmida é o método de ensaio pelo qual as partículas se encontram em um líquido que pode ser água, querosene ou óleo leve. No método por via úmida, as partículas são grânulos muito finos, sendo possível detectar trincas muito pequenas.
Deve-se ressaltar que neste método de ensaio as partículas que estão em dispersão, mesmo na presença do campo magnético, têm maior mobilidade do que na via seca, e podem percorrer maiores distâncias enquanto se acomodam ou até serem aprisionadas