Desvalorização Ien
Ao fim da década de 70, enquanto os administradores ocidentais começavam a festejar a brutalização japonesa da economia empresarial, a fim de superá-las o quanto possível em seus países, o verdadeiro "milagre" da economia nipônica nos anos 80 produziu-se de forma inteiramente diversa, ao soprar-se a maior bolha de sabão da história financeira. O Japão tomou a dianteira do capitalismo-cassino global que florescia nessa época graças à saturação estrutural do crescimento industrial em todo o planeta.
As diferenças do capital especulativo do Ocidente, que em grande parte adejava nos céus financeiros, sem ser efetivamente investido na economia, as indústrias japonesas sangraram a fonte monetária aparentemente inesgotável, no intuito de se aprovisionarem para a disputa mundial das exportações.
Da mesma maneira, os bancos refinanciavam a si próprios aparentemente sem custos. Apenas com os fogos de artifício dessa expansão financeira sem real substância econômica o Japão sagrou-se em tempo recorde o suposto campeão da concorrência global e converteu-se no credor do mundo nos anos 80.
Na quebra da Bolsa em 1987, quando pela primeira vez estourou a bolha financeira global e por toda parte despencaram os valores imobiliários, o capital especulativo no Ocidente não tardou a tomar o pulso da situação, uma vez que se tratava em boa parte somente de perdas de caixa, logo compensadas com novos aumentos do volume negociado.
Caso diverso foi o enfrentado pelo Japão em 1990, quando o país foi testemunha da queda no curso das ações e dos preços imobiliários. Tanto piores foram os prejuízos acarretados pela queda de preços dos imóveis. Esta aniquilação virulenta do capital monetário, à diferença dos mercados especulativos do Ocidente, não pôde mais ser compensada com novas bolhas de sabão. No país do Sol Nascente, a brincadeira chegara ao fim.
Como os empresários não