Câmbio
1.1. Introdução a teoria e prática cambial
Um país realiza uma série de transações econômicas com residentes de outros países. Estas fazem-se tanto por meio do comércio de bens e serviços (exportação, importação, turismo etc.) quanto com ativos (direitos e obrigações: investimentos direitos, endividamento externo, colocações de papéis no exterior etc.).
As transações internacionais permitem uma série de ganhos de eficiência, tais como:
• Especialização na produção de bens em que o país possua vantagens comparativas, possibilitando a obtenção de uma massa de produtos maior com a mesma quantidade de fatores de produção;
• Diversificação dos produtos a que os cidadãos têm acesso;
• Diversificação das opções de portfólio dos agentes, reduzindo-se o risco;
• Possibilidade de antecipação do consumo futuro pelos residentes, recorrendo ao endividamento externo;
• Ampliação da concorrência nos mercados domésticos, limitando o poder de oligopólio (controlado por um pequeno número de empresas) e monopólios (controle por um só vendedor).
• As transações entre os residentes de um país e o resto do mundo são registradas no Balanço de Pagamentos. Esta divide-se em dois grupos principais de contas: as Contas Correntes, associadas aos fluxos de bens e serviços, e o Movimento de Capital, ligado aos direitos e às obrigações. (LOPES Luiz Martins; VASCONCELLOS Marco Antonio Sandoval de. Manual da Macroeconomia - Nível Básico e Nível Intermediário. São Paulo: Atlas, 2009).
1.1.2. Regimes Cambiais
Os dois principais tipos de regime cambial são o de câmbio fixo (com ou sem bandas) e o de câmbio flutuante.
No regime de câmbio fixo, o Banco Central determina o valor da taxa de câmbio, e se compromete a comprar e vender divisas à taxa estipulada. Notemos que, para este regime poder funcionar, o Banco Central deve possui moeda estrangeira em quantidade suficiente para atender a uma situação de excesso de demanda por esta moeda (uma situação de déficit na Balança de