A primeira hipótese de conflito das forças armadas do Brasil é "a invasão da Amazônia pelos Estados Unidos, porque essa ameaça é possível, como também a da ocupação da Patagônia", alertou Luiz Alberto Moniz Bandeira, um dos acadêmicos mais respeitados pelo Itamaraty, a Chancelaria brasileira. Entretanto, o reconhecido politólogo e historiador disse, em entrevista para Telam, não saber "se existe (realmente) um objetivo de ocupá-la" e chamou a atenção sobre o fato de que "uma guerra na selva para ocupar a Amazônia é muito difícil para um exército estrangeiro". Da mesma forma, Moniz Bandeira, que veio a Buenos Aires apresentar seu novo livro, "A formação do império americano" – no qual prognostica a "decadência" dos Estados Unidos em "algumas poucas décadas"-, considerou também "muito difícil que Washington possa atacar a Venezuela". Fundamentou essa avaliação no fato de que uma tentativa de ocupação da Venezuela "teria imensas repercussões sobre os preços internacionais do petróleo, que iriam às nuvens", raciocínio que estendeu a uma ação similar contra o Irã, porque neste caso "levaria (além disso) a uma conflagração em todo o Oriente Médio". As forças armadas norte-americanas "não existem para a defesa das fronteiras nacionais (daquele país), mas sim para a dominação planetária e a agressão, para assegurar fontes de energia e de matérias-primas", afirma o intelectual em seu livro, em que define Washington como império principalmente por esse traço. Também previne sobre a "implantação (nos Estados Unidos) de uma ditadura, sustentada pelo complexo industrial-militar, mediante a contínua disseminação do medo e a manipulação do estado de guerra. Foi assim que (Adolph) Hitler manipulou e instituiu o III Reich". Nesse marco, Moniz Bandeira assinalou a esta agência que "o Brasil não pode ignorar os Estados Unidos, mas isto é muito diferente de ser seu serviçal”, e acrescentou que Washington "tampouco pode desconhecer o Brasil", como, segundo