Destino Manifesto
A DOUTRINA MONROE E O DESTINO MANIFESTO
Os Estados Unidos da América possuem a quarta maior extensão territorial do planeta e o processo de formação do seu território, marcado por uma imensa expansão de sua área, ocorreu sob os fundamentos teóricos e ideológicos da Doutrina Monroe e do "Destino Manifesto".
O país que proclamou a independência em 1776 tinha apenas 13 estados, as até então chamadas 13 colônias que haviam se insurgido contra o domínio inglês. Atualmente são 50 estados ocupando área quase dez vezes maior que a inicial.
A expansão projetada desde os tempos da colonização ganhou força com a independência. O Tratado de Paris, de 1783, definiu as fronteiras dos Estados Unidos reconhecidas pela ex-metrópole, o Reino Unido, incluindo as áreas ao sul dos Grandes Lagos, entre os rios Mississipi e Ohio. Dali partiria a "Marcha para o Oeste" para consolidar as fronteiras atuais.
No início do século 19, Napoleão exige o território da Lousiana, que pertencia à Espanha e incluía o porto de Nova Orleans, fundamental para o livre-comércio dos Estados Unidos. Com receio do expansionismo napoleônico, os americanos pagam-lhe 15 milhões de dólares pelas terras e dobram seu território num acordo em 1803.
Vinte anos depois, o então presidente dos Estados Unidos, James Monroe, num discurso histórico em que projeta a hegemonia geopolítica dos Estados Unidos no continente americano, profere a sentença clássica: "América para os americanos". O recado foi claro e direto para as potências europeias:
"Julgamos propícia esta ocasião para afirmar, como um princípio que afeta os direitos e interesses dos Estados Unidos, que os continentes americanos, em virtude da condição livre e independente que adquiriram e conservam, não podem mais ser considerados, no futuro, como suscetíveis de colonização por nenhuma potência européia [...]"
A América se descolonizava naquele início de século