Despertar de uma paixão
Laura Nunes, 9°C, n°14
Era uma manhã de inverno rigoroso na cidade de Toronto, no Canadá. A neve branca e macia tomava conta das ruas, e atrapalhava o caminho de qualquer um que quisesse sair de casa, em plena sexta-feira. A preguiça e o cansaço impediam que qualquer pessoa em sã consciência se levantasse de sua cama.
Para a jovem Joana, de vinte anos, aquele era um dia como outro qualquer, e ela já estava atrasada. Pulou da cama, vestiu-se apressadamente, penteou seus cabelos ruivos e prendeu-os em um rabo de cavalo desleixado, tomou uma xícara de café, preparada rapidamente, e desceu até a garagem para pegar o carro e seguir seu caminho até a faculdade. Porém, com a tempestade de neve que havia caído no dia anterior, não era possível abrir os portões. Decidiu, então, ir de metrô. A estação mais próxima localizava-se a um quarteirão de sua pequena e charmosa casa. Joana não era familiarizada com o transporte público, crescera no luxo e no conforto de uma família rica e egoísta da cidade. Mas não tinha a opção de faltar em qualquer uma de suas aulas do curso de Direito, que abriria portas para sua promissora carreira.
Pegou o metrô em direção ao sul da cidade. Como já era esperado, o vagão estava lotado em função da neve que tomava conta das ruas. A jovem tentava mover-se no meio das pessoas com expressões vazias e desanimadas. Sua mente focava no término de seu namoro no dia anterior, mas seus pensamentos foram interrompidos ao esbarrar em um homem delgado, bem jovem, que provavelmente possuía a mesma idade dela. Ao encará-lo, Joana observou um rosto conhecido que, mesmo muito diferente, denunciava-se pelos olhos azuis inesquecíveis: era Louis, seu namorado de infância. Ao se darem conta de que não eram totalmente estranhos, os dois se cumprimentaram cordialmente. Um pouco sem graça, Joana iniciou a conversa: “Louis, quanto tempo. Você está muito diferente, quase não o reconheci”, “Ah Joana, que saudade,