Despejo de mercúrio em Minamata
Em janeiro de 1956, quatro pacientes foram internados com sintomas desconhecidos e em comum, entre eles estavam principalmente: dores agudas e severas, surtos de psicose, perda de consciência, paralisia, danos cerebrais, febre alta, coma e óbito.
O diagnóstico da nova doença tratava como causa o envenenamento por compostos de mercúrio provenientes da baía de Minamata, onde uma indústria de grande porte havia se instalado e despejava seus resíduos incorretamente nos rios desde o ano de 1932.
A Síndrome de Minamata (ou Mal de Minamata, como a doença ficou conhecida), manifesta-se cerca de 20 anos após o início da contaminação, tempo suficiente para elevar as taxas de mercúrio no organismo até que estas ultrapassem o valor aceitável.
2. A INDÚSTRIA
A Chisso Corporation foi instalada em 1908 em Minamata. Inicialmente, só produzia fertilizantes. Porém, com a expansão da indústria química pós-guerra, a Chisso Corporation gradualmente começou a produzir acetileno, acetaldeído e outros compostos orgânicos, tornando-se um sucesso econômico no Japão.
A companhia utilizava o mercúrio como catalisador na produção de acetaldeído para produzir PVC e despejava os resíduos gerados na baía de Minamata, sem se preocupar com uma destinação correta. Era a indústria principal na pequena cidade e, então, um empregador local importante.
Tornou-se claro que o envenenamento estava relacionado à fábrica da Corporação Chisso.
O mercúrio incorporava-se à cadeia alimentar dos peixes, principal componente da dieta local, contaminando-os. Consequentemente, os moradores da região (em sua grande maioria pesqueiros e suas famílias), que consumiam esses peixes, também contaminaram-se com os compostos de mercúrio.
Estima-se que a empresa descartou aproximadamente 500 toneladas de compostos de mercúrio na baía de Minamata.
Hoje, a indústria fabrica insumos para telas de LCD (cristal líquido).
3. CONTAMINAÇÃO
O mercúrio sob forma líquida é extremamente