Desmundo
A principio observei, que as órfãs eram criadas em conventos e educadas pelas freias, onde aprendiam como serem esposas obedientes e submissas a seus maridos, isso apesar das freiras não terem experiência no assunto, mas isso é uma opinião minha. Então a Rainha de Portugal junto com a Igreja Católica tentando evitar que se multiplicasse a raça mestiça (brancos com índios) e o “pecado”, na tentativa de manter uma pureza de sangue, decidiram que essas órfãs iriam ser mandadas para o Brasil com o intuito de casá-las com os colonizadores, homens rudes e de posses que moravam no Brasil. Acredito que por mais que eles quisessem evitar essa situação, não adiantava muito, até mesmo devido às necessidades dos homens.
O filme retratou muito bem o cotidiano dos índios que viviam nos engenhos, nas cozinhas dos seus senhores e seus conhecimentos com as ervas medicinais. Eles eram sempre visitados pelos jesuítas com a finalidade de tomar crianças indígenas para transformá-las em pequenos cristãos. A igreja pegava algumas dessas crianças para serem catequizadas. Existia certo interesse da igreja nessa negociação.
Poucos negros apareciam, e os poucos índios escuros que apareciam eram difíceis de serem comercializados. No trabalho pesado estavam os índios, que em meio as suas terras tinha que serem escravos dos brancos. As crianças já estavam sendo preparadas para cedo pegar no pesado.
Observei também que os homens agiam com tamanha violência, quando por algum motivo suas esposas olhavam ou tocavam mesmo sem querer em outro homem. E naquela época já existia a violência sexual.
A Igreja Católica pregava a total submissão e inferioridade da mulher, assim faziam com que o casamento fosse um elemento de equilíbrio social e divino em que o marido e a igreja teriam completo poder sobre a mulher. Tudo girava em torno dos homens de posse e a Igreja