desmundo.
Baseado no romance de Ana Miranda, o Filme “Desmundo” retrata a sociedade da época, por volta de 1570. No inicio da colonização, quando os bandeirantes chegaram ao Brasil, encontram os índios e os catequizaram, trouxeram Portugal através da igreja catolica pra dentro do pais descoberto, construíram suas casas demarcando o dominio, trouxeram os negros como escravos e as mulheres brancas como objeto de reprodução. E é nessa mistura de cores, iniciamos nossa analise sobre o filme.
“Onde fica o desmundo, anunciado por Ana Miranda no título de seu romance, publicado em 1996? Trata-se, como vemos, de uma palavra iniciada por sua negação: o prefixo des anteposto ao substantivo mundo situa-nos, já a princípio, em território estranho.” SIMONE PEREIRA SCHMIDT.
Brasil e o desenraizamento social
O filme traz como personagem principal Oribela, (Simone spoladore) uma jovem órfã, de raiz católica, trazida de Portugal juntamente com outras garotas para o Brasil sob ordem da igreja católica portuguesa “que já estalada no Brasil exercia o poder das decisões a serem tomadas neste caso com o objetivo de “Apartar” Os bandeirantes de certos pecados, abominados pela igreja como incesto, relações com outros homens e índias, além do interesse em criar uma terra da mesma cor, fica bem clara esta ideia quando o padre solicita a Portugal mulheres portuguesas ou por falta delas que seja brancas.
Vemos que estas órfãs trazidas, foram obrigadas a se casarem, não podiam escolher o marido e tão pouco se desejavam casar. Oribela Mostra com a sua personagem, um desenraizamento cultural por ter sido arrancada de seu país de nascimento, obrigada a deixar sua crença o celibato, pois é levada para cumprir o papel da esposa no período colonial, sendo um objeto de reprodução, inteiramente submissa ao seu marido. Oribela se casa com Francisco Albuquerque (Osmar Prado) Um homem rude, autoritário dono de engenho de açúcar, mora com a mãe (Berta Zemel) e a irmã com síndrome de