desmistificando o candombl na escola
A promulgação da Lei 10639/03, que obriga as escolas públicas e privadas a trabalhar a história e cultura dos povos africanos e afro-descendentes, vem viabilizar e oportunizar a reflexão e compreensão do preconceito e o racismo existentes presente na concepção e compreensão equivocados a cerca da religiosidade dos povos negros aqui chegados como mão-de-obra escrava,
Isso porque o aparato legal não impede professores, compromissados com uma sociedade mais justa e igualitária, de trabalhar a religiosidade dos brasileiros descendentes dos povos africanos, coisa que, em outro momento, não seria possível. Assim pensamos em levar a temática para ser trabalhada na Escola Bernardo Vieira, local em que trabalhamos, situada em Jaboatão dos Guararapes.
Nosso trabalho teve o propósito de contribuir no combate ao racismo presente também na visão que se tem da religiosidade do povo negro afro-brasileiro, pois entendemos que todas as idéias negativas, sinistras e maquiavélicas apontadas no Candomblé e na Umbanda são frutos de concepções equivocadas construídas ao longo da história dos povos negros no Brasil como forma de tirar-lhes sua identidade com a mãe África e aproximá-los, o mais que possível, da cultura branca europeizada, disseminada e vista como superior em detrimento às do negro e do índio.
Entendemos ainda que, embora a tentativa de apagar da nossa história a cultura e as tradições dos povos negros sejam grandes; é ainda maior a resistência desses povos: prova clara de sua força, inteligência, coragem e fé para driblar toda forma de opressão e se fazer valer como cidadão brasileiro que é.
Sabemos que o racismo sofrido pelas religiões de matriz africana é conseqüência também da ideologia do branqueamento, pois se é “coisa de negro”,certamente não faz parte dos valores civilizatórios pensados e idealizados por uma cultura apoiada na visão européia de mundo, daí a necessidade maior de termos escolhido o desafio de trabalhar a religiosidade africana na