CULTURA BANTU NA ÓPTICA SÓCIO-RELIGIOSA
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS
PROGRAMA DE ESTUDOS E PESQUISAS DAS RELIGIÕES – PROEPER
“POVO BANTU” - AS INFLUÊNCIAS CULTURAIS E RELIGIOSAS
BRASIL/ANGOLA
YOLITO GONÇALVES NETO
CULTURA BANTU NA ÓPTICA SÓCIO-RELIGIOSA
RIO DE JANEIRO
2013
2
CULTURA BANTU NA ÓPTICA SÓCIO-RELIGIOSA
POR YOLITO NETO
1.
HISTÓRIA
Os Bantu habitavam a África do Sul Equatorial possuindo língua pátria diferenciada,
com variação de cerca de 274 dialetos em razão de pertencerem a regiões diferentes. Alguns estudiosos dizem que a designação “Bantu” nunca se refere a uma unidade racial. Assim não pode falar de “raça Bantu”, e sim de “povos Bantu”.
O Zulu é considerado a língua materna dos povos angolanos, por isso, a língua
Kimbundu (língua dos negros) tornou-se de grande importância para todos os povos Bantu.
Muito do vocabulário atual do português que é falado no Brasil, por exemplo, tem origem Bantu. Mais especificamente, se origina do idioma quimbundo, uma das línguas nacionais de Angola. Os três principais grupos etnolinguísticos de Angola, em 1960, eram:
Ovimbundu (Umbundu); M’Bundu (Kimbundu) e Bakongo (Kikongo).
A popularidade dos negros banto no Brasil iniciou-se no século XVII, mas acaba firmando-se entre 1700 e 1729 com o ciclo do café e da cana de açúcar tendo em vista que esses povos eram excelentes agricultores daquele plantio, sendo trazidos para o Brasil em maior número naquele período. Muitos dos senhores feudais e donos das capitanias hereditárias, perceberam a ampliação daquele tipo de cultivo e por ascensão dos negócios, a presença de negros daquela região passou ser mais que uma prioridade, dessa forma, constitui-se a subsistência econômica da época.
Durante o período colonial brasileiro, os africanos vendidos no litoral eram classificados em nações, as quais estavam relacionadas ao porto ou região em que era realizado o comércio de escravos com os europeus. Assim, com base nesse sistema,