Desmatamento
A atmosfera é carregada de gotículas de água em estado gasoso, mais leves que o ar. Esses são provenientes da evaporação da água dos oceanos e quando se juntam formam as nuvens. Quando as nuvens ficam “carregadas”, as gotículas caem em forma de chuva. Os cientistas brasileiros do INPE citam a chamada “teoria da bomba biótica de umidade”, para nos ajudar a entender a função climática que a Amazônia teria. A teoria proposta pelos físicos russos Anastassia Makarieva e Victor Gorshkov diz que o fenômeno de chuvas longe da costa é possível graças à existência de florestas. A transpiração das plantas seria responsável por criar um fluxo de vapor de água que é lançado à atmosfera, capaz de reduzir pressão e arrastar o ar úmido, no que seria uma espécie de “bomba de elevar vapor”. Makarieva e Gorshkov afirmam que o desmatamento de uma floresta pode reduzir a incidência de chuvas em até 95%, transformando o local num deserto. O que os pesquisadores do INPE concluíram é que a Amazônia tem uma grande capacidade de puxar a umidade do oceano para o continente. Em lugares sem cobertura florestal, o ar que entra no continente acaba secando e resulta em desertos em terrenos distantes do litoral. A floresta amazônica atuaria então como uma bomba d'água que “puxa” a umidade dos oceanos. Na Amazônia, as árvores extraem grande volume de água do solo e do oceano e o lança na atmosfera através da transpiração. Segundo o relatório, cada árvore amazônica de grande porte pode