desintegra da morte

milhares de leitores foram privados de sua presença física.
RESENHA
O cientista Klepstein dedica-se de corpo e alma a libertar a humanidade de seu mais cruel e inexorável destino: morrer. Acaba conseguindo o que quer, através de um invento prodigioso que desintegra a mor- te. A princípio, as pessoas exultam, mas logo não sabem o que fazer com a nova condição de imortal. Uma onda de reações catastróficas se desencadeia: milhares abandonam seus empregos, pessoas se drogam para esquecer a passagem dos dias, doentes e mutilados sofrem atroz- mente, enfim, uma série de transformações complexas acontecem em todos os setores, em indústrias, hospitais, prisões, escolas, até (e principalmente) nos valores morais, nos sentimentos amorosos, na profissão da fé. Uma guerra quase põe fim a uma parte
UM POUCO SOBRE O AUTOR
Orígenes Lessa nasceu em 1903, em Len- çóis Paulista, interior de São Paulo. Po- rém seus primeiros anos foram vividos em
São Luís do Maranhão. Em 1928, já de volta a São Paulo, deu início a uma longa e bem-sucedida carreira de publicitário.
Em 1929, o Brasil descobriu seu talento de escritor, com a publicação de
O escri- tor proibido
. A essa primeira obra seguiu- se uma farta produção de romances (
O
feijão e o sonho, João Simões continua,
A desintegração da morte
), de contos
(
Nove mulheres, Madrugada, Histórias urbanas ) e de obras infanto-juvenis (
Se-
qüestro em Parada de Lucas, O sonho de
Prequeté, Memórias de um Fusca
), além de depoimentos e reportagens. Escritor várias vezes premiado, teve muitos de seus livros traduzidos para o inglês, espa- nhol, alemão e até mesmo para o tcheco e o romeno. Em 1981 foi eleito para a Aca- demia Brasileira de Letras, onde ocupou a cadeira número 10 até 1986, quando
ORÍGENES LESSA