Desigualdade
Com a intenção de apoiar essas mulheres nas batalhas do dia a dia e partilhar experiências que possam servir como incentivo para continuar a luta, foram criadas no decorrer da história, entidades de mulheres negras com as mais diversas características.
Dentre essas instituições está a ONG carioca Criola, que há duas décadas atua na formação de mulheres negras, para que essas se tornem agentes de transformação da sociedade, com ações voltadas para as áreas da saúde, economia, trabalho, direitos humanos, ação política e articulação com movimentos sociais, entre outras.
Dentre as fundadoras da Criola está a coordenadora geral, Jurema Werneck, que vê o ativismo como algo latente as mulheres negras brasileiras e aponta como ponto de partida da luta dessas mulheres, o exemplo transmitido pelas Ialodês, orixás femininas, representadas na mitologia africana sempre por personalidades fortes e pela autonomia marcada significativamente pela maneira pelas quais elas impõem sua vontade aos orixás masculinos que fazem parte do panteão.
Em entrevista exclusiva a Afrobrasnews, Jurema Werneck, fala sobre a luta de mulheres negras, as conquistas já obtidas e sobre o que ainda é necessário enfrentar, nessa jornada pela sobrevivência.
Afrobrasnews - A Criola existe há aproximadamente duas décadas, quais as necessidades que motivaram a criação da