desigualdade
No caso do Brasil, apesar de o relatório do Pnud destacar os avanços do país com os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, a desigualdade ainda é enorme. Quando se considera a disparidade entre ricos e pobres, o IDH do Brasil é reduzido em 27% — de 0,744 para 0,542 — e o país despenca 16 posições no ranking global.
Quando ajustado pela desigualdade, os Estados Unidos, que têm o quinto maior IDH entre os países pesquisados, registram uma perda de 23 posições no ranking, com recuo de 17,4% no seu índice. O Reino Unido que também está no grupo de países de muito alto desenvolvimento humano recua 8,9% no seu índice e perde quatro posições. O Brasil é o nono país entre os 187 países que mais perdem posições no ranking de desenvolvimento humano por causa da alta desigualdade social.
— O Brasil é um país muito desigual ainda. Mesmo que a desigualdade tenha sido reduzida nos últimos anos — ressalta o representante residente do Pnud no Brasil, Jorge Chediek.
Segundo dados da entidade, a fatia abocanhada pela desigualdade no IDH diminuiu nos últimos anos. Em 2006, por exemplo, ela era de 29,6%. Três anos depois, passou para 27,7%. E em 2011, alcançou 27,2%. Esse avanços foram possíveis por vários motivos, principalmente, pela ascensão da chamada classe C.
— O Brasil perde muito com a desigualdade e tem de trabalhar muito para construir a resiliência — alerta Chediek ao lembrar que o país precisa de medidas para