Enron
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3.21. Latas e suas principais características A folha de metal apareceu, pela primeira vez, em 1820, na Boemia, tendo sido, um século após, introduzida na Inglaterra. Em 1808, na França, Nicolas Appert despertou a atenção da Europa, com suas extraordinárias descobertas, pioneiras da “apertização” de nossa época. A descoberta de Appert, talvez não tivesse a repercussão suscitada, não fora Pierre Durand que, em 1810, patenteou, na Inglaterra, seu método de conservação através de recipiente de lata. A princípio, na fabricação de lata, empregou-se ferro pólido; porém, em meados do século XIX, o material utilizado foi o aço doce. Os antigos recipientes de folha de metal eram feitos à mão e eram soldados o seu corpo e os extremos. Em 1847, a indústria obteve grande impulso, com a obtenção por Taylor, da patente para fabricação de latas estampadas, que, com pequenas diferenças, se assemelhavam às que hoje são elaboradas. Quanto ao sistema de vedação, ainda imperfeito, foi melhorando quando da instituição dos anéis de borracha e, mais tarde, em 1893, AMS propôs a substituição destes por uma emulsão à base de borracha, mais prática pela sua rápida aplicação. Estes fatos históricos, perdidos no tempo, pela importância que tiveram, tornaram possível a criação da atual indústria de embalagem de metal e, mais ainda, abriram perpectivas extraordinárias dentro do campo de conservação de alimentos. Nos dias atuais, as latas, em suas diversas formas geométricas, são o envase mais utilizado na indútria de conservas. O advento de novas embalagens, muitas delas feitas de material mais prático e econômico, afetou de certo modo o emprego de latas para acondicionar alimentos. Esta intromissão, porém, só foi levada a efeito, em determinadas linhas de produtos, continuando as latas como embalagens ideais para envasar leite em pó ou concentrado, carnes, doces em pasta ou em calda