Estamos à beira de um colapso social, pois quem tem muito tem cada vez mais e quem tem menos, perde o pouco que tem. Perdem pela falta de oportunidades, incentivos e valorização, os que vivem a margem da sociedade são ignorados pelo próprio estado, o qual deveria promover a igualdade, dando suporte para esses “seres” viverem dignamente com um trabalho honesto, saúde, educação e um teto sobre suas cabeças, mas... A sociedade fechou os olhos e esta perdendo a sensibilidade, ninguém vê quando o marginalizado ou excluído estão passando fome, quando seus filhos estão doentes ou estão morando em lugares insalubres sem um mínimo de dignidade. Mas quando esses “miseráveis” invadem estradas, terras alheias então são vistos e hostilizados. Sim, como não ver se com esse ato é um fazendeiro rico que teve suas terras invadidas, se com as margens da estrada sendo ocupadas corre-se o risco de interromper a passagem de pessoas! Então nesses casos a lei entra em ação, pois na maioria desses episódios quem reclama e pede justiça é justamente aquele que esta em uma situação social elevada – e esse sim tem direito e são ouvidos. Agora, qual é o real significado de justiça? Ouve-se muito falar em direitos, direitos e deveres, mas na hora em que a justiça realmente deve ser feita, observamos que seus olhos estão vendados, e assim estão não por imparcialidade, mas sim, para não ver o pedido de socorro que vem dos “indigentes”, o clamor por um mínimo de consideração... A justiça esta agindo apenas com a espada, pois a balança há tempos foi tomada pela desigualdade, pesa mais o dinheiro, a ganância, o “Ter”, e, pesa menos a dignidade, honestidade, o “Ser”.