Design e consumo
Nessa situação é possível perceber que com o passar do tempo o homem se deixou manipular pelos objetos, fazendo nascer dentro de si o desejo de tê-lo, de possuir aquilo que “brilha aos seus olhos”, contudo na maioria das vezes o desejo é apenas pelo valor que aquilo representa, não tendo utilidade alguma, mas fazendo com que a pessoa sinta-se valorizado por aquilo que adquiriu, ou seja, status.
A influência é um ponto decisivo no que se refere a consumo. A mídia tem um papel coadjuvante nesse meio, onde o consumidor é levado por um inconsciente a ser submergido pelo desejo de obter o fascínio do seu ego. O objeto de design reflete essa necessidade de “querer”, vindo a se tornar o verdadeiro objeto de desejo e não o próprio objeto. Assim sendo os objetos passam de uma forma funcional para o simbólico dentro de um determinado sistema cultural. “Somos continuamente remetidos, por meio do discurso psicológico sobre o objeto, a um nível mais coerente, sem relação com o discurso individual ou coletivo, e que seria aquele de uma língua dos objetos.” (BAUDRILLARD, op. Cit., p. 11).
O objeto que outrora, era criado por um design funcional para atender a uma necessidade, hoje é simplesmente um “enfeite de estante”, algo que remete simplesmente a estética, vindo a perder a sua funcionalidade original. “A coerência do sistema funcional dos objetos advêm do fato que estes (em seus diversos aspectos, cor, forma, etc.) não mais têm valor próprio mas uma função universal de signos.” (BAUDRILLARD, op. Cit., p.70).
Temos então como exemplo um automóvel, um novo modelo que chegou ao mercado, contrariando a sua principal função, que seria locomoção, ele é desejado pelo seu design. Podemos dizer então, que compramos design.
Em tempos antigos, o design cumpria uma função (forma segue função), onde era usada para um fim, tendo um propósito,