Design na era digital
A prática da editoração eletrônica, ou do chamado desktop publishing (DTP), nome pelo qual ela é internacionalmente conhecida hoje em dia, foi aparecendo gradualmente nas décadas de 70 e 80, com os primeiros programas processadores de texto e as impressoras de impacto (tipo margarida ou daisywheel), utilizados nas universidades e nas grandes empresas para a confecção in house das artefinais de teses e relatórios de circulação interna e restrita. Para isso se usavam inicialmente os computadores mainframes, depois os minicomputadores, e finalmente os PCs. Os programas de então ofereciam poucos recursos a mais que os de uma máquina de escrever elétrica. Os tipos eram monoespaçados e só mudavam de forma e tamanho se fosse trocada a daisywheel. Em compensação, esse uso rústico e incipiente da informática para fins editoriais dentro das empresas apresentava a grande vantagem de possibilitar guardar textos já publicados em disquetes magnéticos, o que permitia ―ressuscitar‖ rapidamente qualquer texto de uma só vez, para fazer revisões e atualizações no escrito ou na diagramação, quando necessários. Isso era extremamente vantajoso, em termos de tempo e de custos, para publicações que precisavam ser editadas frequentemente, com poucas alterações entre sucessivas edições.
A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, por exemplo, por uma feliz inspiração do então Pró-Reitor de Graduação, Prof. Eloy Julius Garcia, já publicava por essa época três edições sucessivas de seu Catálogo dos Cursos de Graduação (83/II, 84/I e 84/II) daquela forma. Aquelas edições eram compostas em processadores de texto dedicados, para depois serem ―descarregadas‖ em impressoras de margarida, gerando assim as arte-finais das ―manchas‖ das páginas, que eram então fotografadas para gerar os fotolitos e chapas usuais para impressão em offset. Embora não dispondo ainda de recursos tipográficos e oferecendo uma qualidade visual gráfica inferior à da fotocomposição, essa solução veio