O design na era digital (Flavio Vinicius Cauduro) Em meados das décadas de 70 e 80, surgem os primeiros computadores (Macintosh) que possibilitaram os processadores de textos e que podiam ser utilizados por empresas para a produção doméstica dos seus relatórios e artes-finais. Tal avanço, mesmo que com material rústico, facilitou bastante a rotina empresarial. O fato de se tornar possível guardar informações em um disquete magnético possibilitou que edições fossem feitas, se necessárias, além de reduzir o tempo e o custo. Seguindo a evolução tecnológica e a necessidade do mercado, o DTP (desktop publishing – editoração digital) entra em cena, permitindo o aprimoramento do designer na produção de peças gráficas. Com um computador, o software adequado e a impressora, a gama de opções durante a elaboração de jornais, revistas, folhetos e etc. ampliou-se. A era digital forneceu ferramentas que possibilitaram uma aproximação maior do profissional com o seu produto. Tais recursos viabilizaram que o designer deixasse de fato sua marca. Variáveis tipográficas, articulação dos elementos, posicionamento espacial, tonalidade e derivados, entram na lista de apetrechos modernizados. Mais do que tudo, a tecnologia torna-se ainda mais atraente quando se tem noção da sua facilidade de adaptação. Melhorias como essas mostram dois lados opostos. De um lado, leigos ganharam um meio de acesso à área, podendo abusar dos recursos fornecidos, mesmo sem a noção técnica dos especialistas. E do outro, os designers se viram obrigados em manter seu conhecimento atualizado para poder acompanhar os avanços da área. A otimização da construção levou o designer a assumir o papel dos antigos produtores intermediários na confecção das artes gráficas, seguindo a lógica econômica proposta pelo DTP, onde Entretanto, o trabalho em grupo é incentivado, uma vez que um indivíduo não deve se ver obrigado a realizar o trabalho sozinho, dando espaço para a troca de ideias e redução de