“Design in califórnia, made for china” – uma tendência de mercado
Por: Petra Vaquero
Esta é a mensagem que está estampada nas t-shirts vermelhas dos funcionários da loja da Apple em Xangai. Trata-se de uma brincadeira com a frase que está impressa nos iPhones ou iPods mas reflete uma tendência de consumo e sem dúvida uma oportunidade que as empresas têm de aproveitar.
Num mundo em permanente mudança e onde se tem assistido a uma crise global que provoca grande instabilidade nos países desenvolvidos, as empresas, tal como estes países, encontram-se num ponto de estagnação do seu crescimento. Por esta razão, assiste-se a uma reorientação de grandes empresas multinacionais, empresas aspirantes globais e até empresas locais para um mercado emergente nos designados
BRIC, sigla que se refere ao Brasil, Rússia, Índia e China, que se destacam no cenário mundial como países em franco desenvolvimento. A ascensão económica e social de dezenas de milhões de pessoas nestes países tem contribuído para manter a economia global em movimento e merecido um olhar atento por parte das empresas .
Mais de metade da população pobre do mundo encontra-se nos BRIC. Esta pobreza presente, que representa a riqueza futura, tem levado grandes e reconhecidas marcas a lançar novos produtos ou versões mais baratas de produtos comercializados no ocidente, orientadas para as recém-nascidas classes médias destes mercados emergentes, indo ao encontro das suas necessidades e adaptando-se às suas vontades e desejos. Ao fazê-lo, estes novos consumidores percecionam valor adicional não só porque estão a sair de décadas de recessão e/ou repressão, que lhes vedou o acesso a produtos e marcas ocidentais, mas também por serem concebidos de forma a que o seu custo seja mais reduzido, o que lhes permite adquiri-los. Exemplo claro desta movimentação é a Toyota que, de acordo com notícias avançadas em Maio de
2012, pretende expandir-se nos mercados emergentes, com o objetivo de, em