Poluição O petróleo do pré-sal ainda não começou a jorrar, mas o impacto da indústria já é sentido por animais marinhos. Eles são os primeiros a serem afetados em caso de derramamento de óleo. Biólogos, veterinários e oceanógrafos estão sempre apostos, pronto para entrarem em ação e prestarem socorro. Eles fazem parte do Centro de Recuperação de Animais Marinhos- uma emergência veterinária que cresce no mundo a medida que a indústria do petróleo ganha escala e explora águas cada vez mais profundas. Mas os pequenos acidentes, aqueles que espalham manchas órfãs no mar, também oferece sérios riscos à fauna marinha. Principais cientistas que estudam o assunto estarão reunidos com representantes de empresas exploradoras de petróleo no 2º congresso latino-americano de Reabilitação da Fauna Marinha. O objetivo é tocar experiências de casos, como a explosão na plataforma British Petroleum, no Golfo do México, que gerou o pior vazamento de petróleo na história dos Estados Unidos; aqui no Brasil, um dos acidentes mais recentes sem causa descoberta onde quase 200 animais foram encontrados cobertos de óleo no litoral do Rio Grande do Sul. Um dos pesquisadores e coordenadores da Instituição, Rodolfo Silva virou referência no assunto, depois de participar de ações de resgate não só na costa brasileira como também nos mares da América Central, Europa e África. Na áfrica do sul, no Treasure, aconteceu possivelmente o acidente com maior impacto sobre aos animais, onde 20 mil pinguins foram afetados. Há outros acidentes mais isolados como o da fábrica de manteiga, que teve seu produto vazado comprometendo a vida de muitas aves. O centro da FURG é referência no país e tem parceria com a Petrobrás. Como as demais empresas que atuam no país, a estatal e obrigada legalmente a obter uma licença de operação concedida pelo IBAMA. O documento só é autogrado se a empresa apresentar um plano de emergência individual. É nesse ponto que entra a parceria com profissionais da fauna marinha.