Desenvolvimento social
Quando se trata de política social, voltamos a sua origem no modo capitalista de produção da vida social, e não como uma política do capital, ela se torna uma luta dos trabalhadores para garantir os espaços de consolidação de atendimentos a necessidades sociais não mercantilizáveis. As políticas sociais são classificadas e definidas conforme suas especificidades e seus objetivos imediatos, como curativas, preventivas, primarias, secundárias e terciárias, terapêuticas e promocionais. São apresentadas de acordo com o público-alvo: crianças, jovens, e por critérios de normalidade doentes, excepcionais, etc. Estas classificações acabavam por fragmentar, isolar e controlar as políticas sociais. Dentro desta lógica, a política social acaba por estigmatizar a população quando separa por idade, normalidade/anormalidade, transformando a concepção de desviantes e desintegrados. A desmistificação da função ideológica referente às políticas sociais ocorre na medida em que se introduz essa problemática no contexto geral da economia e do Estado capitalista. É fundamental considerar a evolução das políticas sociais e como se mudam as categorias que denominam a clientela na tentava de melhor significá-las. Como por exemplo, os menores delinqüentes passam a ser denominados carentes. Isso retira o estigma e diminui significativamente o preconceito, pois mudam-se as denominações, mas não alteram as propostas das instituições. Pensar as políticas sociais de um modo geral e, de modo particular, a política de assistência social na realidade brasileira, supõe pensá-las no contexto das contradições da sociedade capitalista, que reside na produção coletiva de riqueza e sua apropriação privada. Estas contradições estão na base da questão social e do surgimento das políticas sociais. A questão social é aqui entendida como conjunto de expressões das desigualdades sociais engendradas na sociedade capitalista madura. É