Desenvolvimento Institucional no setor de tecnologia da informação
Segundo Weber, Estados são “associações compulsórias que reivindicam controle sobre os territórios e sobre as pessoas que neles vivem”, podendo assumir diversos papéis, os quais serão abordados ao longo deste trabalho.
As qualificações clássicas do Estado são assegurar a ordem interna e a defesa do território nacional. Contudo, o Estado moderno, além de ter que representar esses papéis, deve também incentivar a transformação econômica e garantir o bem-estar social.
A adição desses novos “deveres” ao Estado, além de ter ligação direta com a globalização, a inserção no sistema internacional, legitimação frente aos demais países, depende de um desenvolvimento econômico favorável, criou uma demanda por uma gestão mais eficiente, e transformou o Estado no maior alvo de críticas das discussões sobre distribuição de renda e garantia do bem-estar.
Com a maior disposição global, é criada a Divisão internacional do trabalho, que, entre outras características, hierarquiza todas as nações, com base na teoria das vantagens comparativas. Teoria esta que defende que os países devem ser atentos as disponibilidades de seus recursos e dons naturais, e por meio desses devem se empenhar apenas naquilo que sabem/podem fazer bem, acreditando que tentar produzir algo que fuja dessa lógica seria extremamente prejudicial.
Essa hierarquização fez com que os países que eram capazes de dominar os nichos mais lucrativos e dinâmicos do momento fossem os desenvolvidos, e, seguindo a lógica da teoria das vantagens comparativas, os que não eram capazes, dificilmente conseguiriam sair da condição de subdesenvolvimento.
Entretanto, o notável crescimento de países como Brasil, Índia e Coréia do Sul, e diversos países da Ásia Oriental, demonstraram que, num mercado dominado por produtos manufaturados, é possível, e aceitável, desenvolver vantagens comparativas através de determinados tipos específicos de intervenção estatal. Por meio da combinação de tipos assertivos de