Desenvolvimento inicial de leguminosas para recuperação florestal no sudoeste do Paraná...
RECUPERAÇÃO FLORESTAL NO SUDOESTE DO PARANÁ
Oiliam Carlos Stolarski 1 ; Fernando Campanhã Bechara 2 ; Anderson Wiliam Klein1; Mauricio Romero Gorenstein2; Ana
Suelem Sgarbi1; Murilo Lacerda Barddal3
RESUMO: Diante do nível de degradação das matas ciliares e da extensão destas áreas a serem recuperadas no sudoeste do Paraná, torna-se necessário o desenvolvimento de novas técnicas que enfatizam o sucesso de um programa de recuperação florestal. Dessa forma, a utilização de espécies nativas leguminosas (Fabaceae) arbóreas nodulantes para a recuperação de áreas degradadas pode ser de grande valia, devido à sua capacidade de nitrogenação do solo. Sendo assim, este estudo teve por objetivo avaliar o desenvolvimento de seis espécies leguminosas, aos 24 meses de idade, bem como o seu potencial de recuperação de ambientes perturbados. Para isso, dois anos após o plantio das espécies, realizou-se as primeiras avaliações dendrométricas, considerando os parâmetros: sobrevivência, altura total, altura de copa, diâmetro à altura do solo e área de copa. Realizou-se o teste de Tuckey ao nível de 5% de probabilidade para todas as variáveis. Dentre as leguminosas analisadas, Mimosa scabrella Benth. (bracatinga), Inga uruguensis Hook. & Arn. (ingá-do-brejo) e
Albizia polycephala (Benth.) Killip (angico-branco) apresentaram os melhores índices de desenvolvimento, ressaltando a importância de seu uso em programas de recuperação de áreas degradadas no sudoeste do Paraná.
Palavras chave: Fabaceae, espécies nativas, plantas arbóreas, avaliação dendrométrica.
INTRODUÇÃO
De acordo com os dados da FAO, devido às más práticas agrícolas, secas e pressão populacional, além de inúmeras ações antrópicas de exploração inadequada dos recursos naturais, os solos estão apresentando uma perda de cinco milhões de hectares de terras aráveis por ano
(TAVAREZ, 2008). Segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUD)