Desenvolvimento embriologia animal: embriogênese e tipos de segmentação pó clivagem
O desenvolvimento embrionário (ou embriogénese) é o conjunto de transformações que decorrem desde a fecundação até ao nascimento. Durante o desenvolvimento embrionário distinguem-se diferentes fenómenos que são idênticos para as diferentes espécies: a multiplicação celular, os movimentos morfogenéticos e a diferenciação celular.
Nos vertebrados este desenvolvimento é contínuo embora seja possível distinguir três fases distintas: segmentação, gastrulação e organogénese.
Após a fecundação que dá origem ao ovo ou zigoto, este sofre várias transformações. O ovo é uma célula diplóide, resultante da fusão dos dois gâmetas haplóides. Os componentes do ovo geralmente estão distribuídos de forma heterogénea, sendo por isso comum apresentar uma polaridade. Nestes casos podem distinguir-se, na célula, um pólo animal (zona do protolécito) e um pólo vegetativo (zona do deutolécito). O protolécito ou vitelo germinativo é composto pelo citoplasma activo da célula (hialoplasma e organitos) e o deutolécito ou vitelo de nutrição é composto pelos nutrientes necessários ao desenvolvimento do embrião.
De acordo com quantidade e distribuição do vitelo que contêm os ovos são classificados em:
ovos isolecíticos: ovos geralmente de dimensões reduzidas, com pouca quantidade de substâncias de reserva distribuídas homogeneamente pelo citoplasma, formando grânulos no citoplasma activo. São exemplos de animais com estes ovos o ouriço do mar (equinoderme), o anfioxo (cefalocordata) e todos os mamíferos.
ovos heterolecíticos: o vitelo encontra-se distribuído de forma heterogénea, concentrando-se no pólo vegetativo do ovo. No pólo germinativo, o núcleo encontra-se rodeado por citoplasma activo, o vitelo germinativo ou protolécito. Estes ovos são característicos dos anfíbíos e peixes.
ovos telecíticos: são ovos de grandes dimensões que têm grande quantidade de vitelo, e o citoplasma é apenas uma pequena