Desenvolvimento econômico
O presente estudo procura analisar a relação entre crescimento econômico e desemprego, tomando por referência básica a literatura existente sobre o tema.
No caso do Brasil, além da resenha do conhecimento disponível, também se buscou efetuar estimativas sobre as tendências recentes da elasticidade do desemprego e realizar uma análise comparativa com as varias fases da economia, a fim de identificar se as mudanças observadas na elasticidade do desemprego no Brasil são fenômenos estruturais ou tendências isoladas.
Concentrar a análise na relação entre desempenho econômico e emprego implica supor uma hipótese básica: a de que a demanda por trabalho depende, essencialmente, da quantidade produzida. Em outras palavras, o nível de desemprego é encarado como um fenômeno de natureza macroeconômica, condicionado pelo ritmo de crescimento econômico. Isso nos remete necessariamente a uma breve discussão sobre o marco teórico de referência e as contribuições que colocam a questão do desemprego no centro da discussão da agenda de políticas públicas.
O Brasil vem experimentando uma grande transformação no ritmo de crescimento e na estrutura de sua população. O processo de transição demográfica, fruto da queda das taxas de mortalidade e natalidade, tem provocado uma rápida mudança na estrutura etária brasileira, com uma redução da proporção jovem da população, uma elevação imediata da população adulta e uma elevação significativa, no longo prazo, da população idosa. Esta nova realidade abre várias janelas de oportunidades para as políticas públicas e para a redução da pobreza. Mas ao mesmo tempo, apresenta um desafio para as políticas macroeconômicas do país. O objetivo deste texto é abordar a relação de longo prazo entre população e crescimento econômico no Brasil. A ênfase do estudo será dada ao crescimento do Produto Interno Bruto – PIB - per capita, embora esteja implícito que o processo de desenvolvimento econômico