Desenvolvimento de fungos: madeira exposta a campos de deterioração.
CARDOSO, Kely C.1; GATTO, Darci A.2; MATTOS, Bruno D.³; PEREIRA, Daniela I. B.4; VALENTE, Júlia de S. S.5
1UFPel, Curso de Engenharia Industrial Madeireira; 2UFPel, Centro de Engenharias; ³UFPel, Engenharia de Materiais; 4UFPel, Curso de Graduação em Ciências Biológicas; 5UFPel, Curso de Graduação em Ciências Biológicas.
1 INTRODUÇÃO
A madeira, dentre os materiais biológicos, apresenta-se como de difícil deterioração, devido à sua estrutura anatômica e à presença de grandes quantidades de substâncias recalcitrantes, como a lignina, além de outros compostos do metabolismo secundário (APRILE et al., 1999). Os microrganismos desenvolvem-se dentro das células da madeira e, por meio da produção de enzimas extracelulares, deterioram os diferentes constituintes da parede celular ou substâncias químicas depositadas no lúmen (LEPAGE, 1986). A madeira apresenta em sua constituição diversas substâncias depositadas no lúmen das células e, dentre essas, encontram-se proteínas, amido, lipídios, açucares simples e outros constituintes do protoplasma além de produtos de secreção e extrativos (CAVALCANTE, 1982). De um modo geral para a maioria dos fungos xilófagos, a temperatura ideal para o desenvolvimento varia entre 25 a 35°C, ocorrendo também colonização a temperaturas entre 0 e 40°C (MENDES ALVES, 1988). O ataque de fungos ocorre quando a madeira apresenta umidade superior a 20%, e as condições ótimas para esse desenvolvimento surgem quando a umidade atinge o ponto de saturação das fibras. Assim, considerando os fatores climáticos de maior importância envolvidos nos processos de biodegradação da madeira, esse estudo teve por objetivo quantificar o crescimento e a colonização de fungos em três espécies florestais de Eucalyptus_saligna Smith, Eucalyptus_tereticornis Smith e Corymbia_citriodora Hill & Johnson, submetidas a campos de apodrecimento e comparar com o potencial de ataque