Desembargo do paço
Os desembargadores do Paço decidiam quem seriam os advogados, tabeliães, escrivães. Também confirmavam as eleições dos juízes, além de terem autorização de concederem cartas de fiança e seguro, despachar alvarás, provisões, licenças. Além de ser responsável por todas essas funções, o Desembargo do Paço tinha seu papel como "instituição nuclear do sistema político-adimistrativo português", podendo assim arbitrar nos conflitos dos outros tribunais e conselhos reais. Os decretos do Desembargo do Paço também podiam ser comparados aos do rei, segundo os monarcas. Por isso, os desembargadores muitas vezes eram chamados de "sobrejuízes", pois se encontravam acima dos outros juízes, e suas decisões também estavam acima das outras decisões.
A organização do Desembargo do Paço então era feita assim:
- um presidente;
- seis desembargadores;
- um porteiro;
- sete escrivães;
- e um tesoureiro.
Toda semana, às sextas-feiras, os funcionários se encontravam com o rei para a discussão da formulação e correção das leis, para designar os novos magistrados e a condição política e legal do reino. Esses encontros eram feitos na Casa de Despacho dos Desembargadores, que então começou a ser chamada de "casinha".
O cargo de desembargador do Paço era o maior cargo que alguém poderia ostentar nesta carreira em Portugal. Todos os