DESCOBERTA DOS CROMOSSOMOS E DAS DIVISÕES CELULARES
Um evento marcante na historia da ciência foi a elaboração da teoria celular, no decorrer da primeira metade do século XIX. Durante esse período, os cientistas franceses Henri Dutrochet (1776-1847) e François Raspail (1794-1878) e os alemães Mathias Jakob Scheiden (1804-1881), Theodor Schwann (1810-1882) e Rodolph Virchow (1821-1902), entre outros, chegaram à conclusão de que a célula é o constituinte fundamental dos seres vivos e a sede dos processos vitais. Em 1855, Rudolph Virchow resumiu na frase em latim “omnis cellula ex cellula” sua convicção de que toda célula sempre se origina de outra célula. Em 1873, Friedrich Anton Schneider (1831- 1890) publicou uma das primeiras descrições das complexas alterações nucleares que ocorrem durante a divisão da célula, hoje chamada de mitose. Schneider descreveu o desaparecimento do núcleo e a transformação de seu conteúdo em filamentos progressivamente mais grossos, que se separam em dois grupos e vão para a células-filhas. Em 1882, o anatomista alemão Walther Flemming (1843-1905) descreveu detalhadamente o comportamento dos filamentos nucleares no decorrer da divisão de uma célula. Esses filamentos, devido a sua grande afinidade por corantes, foram chamados de cromossomos (do grego Khrôma, cor, e soma, corpo) pelo biólogo alemão Heinrich Wilhelm Gottfried waldeyer (1836-1921), em 1888.
DIVISÃO CELULAR: MITOSE E MEIOSE
A continuidade de uma espécie depende fundamentalmente do processo de multiplicação celular. No caso dos organismos unicelulares, a divisão da célula os leva a um aumento do numero de indivíduos, tratando-se então de um caso de reprodução assexuada. Nos organismos pluricelulares, a divisão celular produz um crescimento dos indivíduos pelo aumento do numero de células em seu corpo, ou os conduz à reparação de células perdidas, ou ainda, capacita-os à reprodução de sua espécie através da formação de células especiais, como os gametas.