descartes

Recensão Crítica

Discurso do Método

A obra o Discurso do Método, de René Descartes, é por muitos o texto fundamental da ruptura cultural que dá origem à Filosofia Moderna.
A obra está dividida em seis partes (curiosamente, tal como as Meditações sobre a Filosofia Primeira), é um tratado matemático e filosófico. Onde o filósofo afirma que as matemáticas devido à sua forma clara e precisa dos conceitos com que trabalham e pela rigorosa ordenação das suas deduções, exercem grande influência sobre o seu pensamento. Para o filósofo, as disciplinas (como retórica, entre outras) é que não lhe davam um conhecimento claro e seguro de tudo que é útil à sua vida, mas Descartes valorizava mais as matemáticas (lógica, álgebra e geometria), pois eram as ciências mais exactas. Dai, Descartes sentir a necessidade de criar um método que fosse segura e de confiança, o método era essencial, para tal teria que ser construído na unidade e na simplicidade da razão humana. Para que fosse introduzido a todos os domínios do saber.
Em toda a obra existe um reconhecimento da autoridade da razão, que hoje em dia é conceito usual, mas que para o homem medieval era um conceito inovador, por estarem habituados à autoridade eclesiástica. O autor também rejeita a autoridade dos sentidos, por estes considerar que estes o enganam, ele considera que o conhecimento significativo só pode ser conseguido através razão.
Descartes não conduzirá a dúvida ao cepticismo da sua época, porque o filósofo não é um céptico. Existem dois desígnios importantes: de que a verdade existe; de que a verdade pode ser encontrada (por isso a necessidade da elaboração do método).
O autor nesta obra, também prova a existência de Deus, dá critérios próprios para a boa condução da razão e faz algumas demonstrações. Mas serão essas as demonstrações eficazes para comprovar a existência de Deus?